Tia-Clair Toomey-Orr não apenas venceu os CrossFit Games 2025, ela reafirmou sua posição como a atleta mais dominante da história da modalidade. A vitória em Albany, Nova York, marca seu oitavo título consecutivo, um feito que ultrapassa recordes e entra na categoria das lendas esportivas.
Durante o fim de semana de competição, realizado entre 1 e 3 de agosto na MVP Arena, Toomey-Orr demonstrou não apenas preparo físico, mas também foco estratégico e resiliência mental em cada etapa do torneio.
Um placar que espanta: 902 pontos
A australiana encerrou os Games com um total de 902 pontos, abrindo impressionantes 182 de vantagem sobre a vice-campeã, Lucy Campbell. Mesmo enfrentando obstáculos, como uma performance abaixo do esperado no evento “All Crossed Up” com pegboard, sua recuperação foi rápida e eficiente.
Nos eventos Running Isabel e Echo Bike, Tia demonstrou o que a diferencia: ritmo constante, técnica afiada e gestão precisa do esforço. Ela não apenas venceu; ela ditou o ritmo da competição desde o início.
A pontuação final não é apenas um número. Representa consistência em múltiplos domínios, algo raro em competições de alta exigência como o CrossFit Games, onde cada segundo conta e a adaptabilidade é testada a cada evento.
Entre fraldas e medalhas: o retorno após a maternidade
O título de 2025 carrega um peso especial. Toomey-Orr retornou às competições após a maternidade, adicionando uma camada de complexidade e inspiração à sua conquista.
Equilibrando treinos de elite com as demandas da vida materna, ela reapareceu no circuito ainda mais centrada.
Segundo entrevistas ao longo da preparação, o foco não estava apenas em vencer, mas em mostrar que a vida competitiva pode coexistir com a pessoal, desde que com disciplina e planejamento.
Sua rotina incluiu treinos adaptados no pós-parto e participação no Hyrox World Championships, o que expandiu ainda mais sua capacidade atlética fora do universo tradicional do CrossFit.
Técnica, mente e longevidade: a fórmula da campeã
O que torna Toomey-Orr diferente não é apenas o físico — é a soma de variáveis pouco visíveis no placar. Preparação mental, controle emocional e uma leitura estratégica de cada prova se tornaram marcas registradas em sua trajetória.
Em Albany, essa maturidade ficou clara. Não houve afobação após o tropeço inicial. Ela manteve o plano, ajustou o ritmo e explorou suas zonas de excelência para retomar a liderança.
Sua durabilidade também impressiona. São oito anos seguidos competindo em altíssimo nível, sem grandes lesões ou quedas de rendimento. Isso exige mais do que treino: exige inteligência de longo prazo.