Treinar ajuda nos estudos? Entenda como a atividade física impacta o cérebro

Todo estudante já passou por momentos de cansaço mental, dificuldade de concentração ou lapsos de memória. Diante disso, uma pergunta importante surge: será que treinar pode ajudar nos estudos? A resposta, segundo pesquisas recentes, é um enfático sim — e os motivos são mais profundos do que parecem.

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Movimento que alimenta o cérebro

Ao se exercitar, o corpo não é o único a se beneficiar. O cérebro também responde com intensidade. Durante a prática de exercícios físicos, há um aumento na circulação sanguínea, inclusive nas regiões cerebrais ligadas à memória, ao foco e ao raciocínio lógico.

Esse fluxo maior de sangue leva mais oxigênio e nutrientes ao sistema nervoso central, favorecendo o desempenho cognitivo.

Além disso, o exercício libera neurotransmissores como dopamina, serotonina e norepinefrina — substâncias que melhoram o humor, reduzem a ansiedade e aumentam a sensação de alerta.

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Treino e desempenho acadêmico: o que dizem os estudos

Dois halteres, óculos de grau, caderno com desenho de cérebro e lápis organizados sobre uma mesa de madeira clara, representando o elo entre treino físico e foco mental.
Apenas 20 minutos de treino aeróbico já são suficientes para aumentar o fluxo sanguíneo cerebral e melhorar a capacidade de aprendizado.

Diversas pesquisas mostram que a prática regular de atividades físicas está associada a melhores resultados escolares. Um estudo recente publicado na Frontiers in Psychology avaliou estudantes universitários que praticavam musculação e observou uma melhora significativa em indicadores como concentração, memória de curto prazo e organização mental.

Outra pesquisa, publicada na revista Healthcare, reforçou a ligação entre exercícios resistidos (como musculação) e habilidades cognitivas. Os autores destacam que até mesmo sessões curtas de treino já são capazes de aumentar a performance acadêmica — desde que praticadas com consistência.

A hipótese é que o exercício físico estimula a produção de BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), uma proteína fundamental para a plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade do cérebro de se adaptar, aprender e memorizar informações novas.

Quanto e como treinar para estudar melhor?

A boa notícia é que não é preciso virar atleta. Treinar moderadamente, algumas vezes por semana, já pode gerar benefícios.

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O mais indicado para estudantes é combinar treinos aeróbicos (como caminhada rápida, corrida leve ou bicicleta) com treinos de resistência (como musculação). Essa combinação promove não só saúde física, mas também ganhos cognitivos mais amplos.

Outro ponto relevante é o momento do treino. Para muitas pessoas, treinar pela manhã ajuda a começar o dia com foco e energia. Já outras preferem liberar a tensão mental após o estudo, usando o exercício como forma de relaxamento e recuperação.

Por que o treino ajuda tanto na concentração?

Concentração não é apenas força de vontade — é também resultado de um cérebro bem regulado. E isso envolve sono, alimentação e, claro, atividade física.

O exercício ajuda a “limpar” o excesso de estímulos que acumulamos durante o dia. Com isso, o cérebro passa a responder melhor às tarefas intelectuais, aumentando a atenção e reduzindo o risco de distrações.

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Além disso, movimentar-se com frequência reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, colaborando para um ambiente mental mais propício ao aprendizado.

Exercício como ferramenta de produtividade

Estudar por horas seguidas, sem pausas ou estímulos externos, tende a ser ineficiente. A inclusão de treinos curtos ao longo da semana pode funcionar como uma espécie de “reset” para o cérebro. Você descansa do conteúdo, ativa seu corpo e volta mais afiado para continuar aprendendo.

Para quem está se preparando para vestibulares, concursos ou provas longas, o exercício não é uma distração. É, na verdade, um aliado poderoso para manter a mente clara, o humor estável e o raciocínio afiado.

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Veredito

Treinar não somente melhora a saúde física, mas também fortalece o cérebro. Estudantes que incorporam a atividade física na rotina tendem a ter mais clareza mental, melhor memória, menos estresse e mais disposição para encarar longas sessões de estudo.

Portanto, se você busca um atalho legítimo para aprender mais e render melhor, talvez ele não esteja nos livros — mas sim na academia, no parque ou até mesmo na sala de casa. Mexa o corpo, e sua mente agradece.

Fontes consultadas

  1. BARBEND. Resistance Training Can Improve Academic Performance. Disponível em: https://barbend.com/resistance-training-improve-academic-performance/. Acesso em: 30 abr. 2025.
  2. FRONTIERS IN PSYCHOLOGY. Exercise and Cognitive Function in University Students: 2024. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2024.1387162/pdf. Acesso em: 30 abr. 2025.
  3. HEALTHCARE. The Impact of Resistance Training on Students’ Academic Skills: 2023. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10587249/. Acesso em: 30 abr. 2025.

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