O que é vigorexia? Conheça o transtorno que distorce a percepção corporal

Cuidar do corpo é importante. Buscar força, resistência e uma aparência saudável é algo que deveria fortalecer a autoestima. Contudo, para algumas pessoas, essa busca ultrapassa o limite do equilíbrio e se transforma em obsessão. Estamos falando da vigorexia, um transtorno psicológico que precisa ser levado a sério.

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O que realmente é vigorexia?

Vigorexia, ou dismorfia muscular, é uma condição em que o indivíduo desenvolve uma preocupação extrema com o próprio físico. Mesmo quando já exibem um corpo musculoso e definido, essas pessoas continuam se vendo como pequenas, fracas ou fora do padrão que idealizaram.

Mais do que querer melhorar a aparência, a vigorexia envolve uma percepção distorcida da realidade. Ela afeta a autoestima, as relações sociais e a qualidade de vida, transformando o treino e a alimentação em fontes de angústia.

Como a vigorexia se manifesta na rotina

Halteres pretos e fita métrica dispostos sobre o chão da academia, com fundo azul e espelho refletindo equipamentos ao fundo, representando a relação entre treino e preocupação com o corpo.
A vigorexia, também chamada de transtorno dismórfico muscular, é caracterizada pela obsessão em ganhar massa muscular, levando muitas vezes a treinos excessivos e dietas restritivas

No dia a dia, a vigorexia pode ser identificada por alguns comportamentos típicos:

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  • Treinos muito acima do recomendado, mesmo com dores ou fadiga.
  • Dietas extremamente restritas, com foco exclusivo em ganhar massa muscular.
  • Consumo exagerado de suplementos ou uso de substâncias anabolizantes.
  • Insatisfação constante com o próprio corpo, mesmo após grandes conquistas físicas.
  • Evitar locais públicos que exponham o físico, como piscinas ou praias.

Esses sinais revelam que o problema vai além da vaidade. Trata-se de uma luta diária com o espelho e com a própria mente.

Quem está mais vulnerável?

Embora a vigorexia possa atingir qualquer pessoa, ela é mais comum em homens jovens, principalmente entre aqueles que frequentam academias ou praticam esportes de força.

Alguns fatores aumentam a propensão ao transtorno, como:

  • Baixa autoestima na infância ou adolescência.
  • Históricos de bullying e comentários depreciativos sobre o corpo.
  • Pressão social para atingir padrões corporais inatingíveis.
  • Exposição constante a conteúdos que reforçam a “imagem ideal” nas redes sociais.

Apesar de menos frequente, o número de mulheres diagnosticadas com vigorexia também vem crescendo.

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É possível gostar de treinar sem ter vigorexia

Gostar de treinar, buscar evolução física e estabelecer metas é absolutamente saudável. O problema surge quando o treino deixa de ser um prazer e domina completamente a vida da pessoa.

Na vigorexia, não importa o quanto a pessoa progrida. Ela nunca se sente satisfeita. Existe uma sensação contínua de inadequação, e a necessidade de treinar ou ajustar a alimentação vira uma obrigação dolorosa.

Saber identificar essa diferença é essencial para preservar a saúde física e mental.

Como funciona o tratamento

Superar a vigorexia é possível, mas exige ajuda especializada. O tratamento normalmente envolve:

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  • Terapia cognitivo-comportamental: para corrigir a percepção distorcida do corpo.
  • Acompanhamento psiquiátrico: em casos de depressão, ansiedade ou outros transtornos associados.
  • Orientação nutricional: para reestabelecer hábitos alimentares equilibrados.
  • Reeducação física: com treinos monitorados e ajustados à realidade corporal e emocional.

Além disso, ter uma rede de apoio formada por familiares e amigos facilita muito o processo de recuperação.

Por que é importante falar sobre vigorexia

Ignorar a vigorexia pode trazer sérias consequências. Lesões musculares, problemas cardíacos e distúrbios emocionais severos são somente alguns dos riscos envolvidos.

Quanto mais cedo o transtorno for reconhecido e tratado, maiores serão as chances de restabelecer uma vida saudável e equilibrada. Estar atento aos sinais é um ato de cuidado — consigo mesmo e com quem está por perto.

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Uma dica amiga

Cuidar do corpo deve ser uma fonte de bem-estar, não de sofrimento. A vigorexia nos lembra que a obsessão pela aparência pode corroer a autoestima e comprometer a saúde em vários níveis.

Se você ou alguém que conhece apresenta sinais semelhantes aos descritos, saiba que é possível buscar ajuda e retomar o equilíbrio. Saúde física e saúde emocional caminham juntas, e é essa harmonia que deve ser o objetivo final.

Fontes consultadas

  1. BARBEND. What Is Bigorexia? Disponível em: https://barbend.com/what-is-bigorexia/. Acesso em: 28 abr. 2025.
  2. HEALTHLINE. What Is Bigorexia? Disponível em: https://www.healthline.com/health/bigorexia. Acesso em: 28 abr. 2025.
  3. POPE, Harrison G. et al. Muscle dysmorphia: current insights. Psychiatry (Edgmont), v. 5, n. 6, p. 24–30, 2008. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18759381/. Acesso em: 28 abr. 2025.

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